Petroglifos em Louro | Entre Muros e Finisterre | Costa da Morte | Galiza | Finisterra | A Coruña


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Se és amante da arte histórica poderás encontrar petroglifos que estão localizados em Louro, perto de Muros, em direção a Finisterra

Na Paroquia de Louro estão conservados petroglifos de Laxe das Rodas, um conjunto de esculturas rupestres singular constituídas dentro da arte rupestre da Galiza. Em Serres poderás ver representados os petroglifos da Cova da Bruxa.

Como é de se notar, os petroglifos são representações simbólicas dos nossos antepassados. As suas gravuras retratam os animais, figuras humanas, símbolos e objetos em pedra, fazendo sulcos na superfície destas. Os arqueólogos e historiadores as situam entre a Idade do Bronze e da Idade do Ferro. Têm um valor inestimáveis, porque eles representam de uma forma sensível o nosso passado e são restos originais e vestígios arqueológicos. Podem ser encontrados praticamente em todos os cantos do planeta. Na Galiza, destacam-se entre outros os restos de Mogor e Campo Lameiro, ambos na área correspondente às Rias Baixas. Na Europa encontram-se distribuídos, tanto na área do Mediterrâneo como na costa atlântica e as zonas mais ao norte do globo.

Na Câmara Municipal de Muros, encontram-se representados os petroglifos desde os tempos remotos até aos nossos dias, e de uma forma paralela ao resto da Galiza, embora esta zona esteja definida pelas suas caraterísticas ambientais e culturais que lhe dão uma certa exclusividade.

O conjunto de artes rupestres de Laxe das Rodas tem sido objeto de estudo entre os anos de 2006 e 2008 por parte da Junta de Galiza, Universidade Santiago de Compostela, a Câmara Municipal de Muros e pela Comunidade de Montes de Louro.

Está localizado num alto, um promontório a partir do qual podes observar todo o ambiente, a Ria de Muros, e na margem oposta, o Castro de Baronha situado justamente do outro lado. Neste sentido, têm uma localização estratégica. Estão gravados duas grandes espirais girando em sentidos opostos e que se encontram circunvaladas por um perímetro de pequenas cavidades circulares. Tem sido interpretado como um calendário baseado nos ciclos solares e lunares.

Tendo em conta as informações de um artigo de Fernando Alonso Romero, "O calendário ritual de Laxe das Rodas", se pode explicar o funcionamento do calendário de Laxe das Rodas.

Mesmo ao redor das duas espirais estão localizados os 65 circulares cuenquitos. Por causa de uma simples operação, dos 65 por 5 (anos de uso pretendido para este calendário), se obtém o número de 13, que são os cuenquitos circulares, cada um para os 13 meses que constituem o seu ano.

Entretanto cada cuenquito se assume representar cada um dos meses, ou ainda mais provável uma lua cheia. Como foi dito o seu ano consistia em 13 meses pelo que estes eram de 28 dias (o mês lunar tem uma duração 29 dias, 12 horas e 44 minutos), e já que 28 x 13 é igual a 364 dias, foi adaptado um número muito exato à este calendário, porque a Terra leva 365 dias e 6 horas para completar a sua órbita em torno do Sol. Evidentemente há um mês que se adiciona a maiores, obtendo-se no final um total de 13, o número de meses, para poder enquadrar o calendário lunar ao calendário solar. Caso contrário, ficariam em 336 dias(12 meses por 28 dias por mês) que é um número que já não é tão exato para calcular o ano solar.

Entre as duas espirais existe um triângulo com treze cuenquitos circulares que servem de ajuda para levar a cabo o cálculo da passagem tempo ao longo de um ano:
Tomava-se como referência o solstício de inverno, no mês de Dezembro, com a ajuda de sombras, estrelas e menires. Em cada lua cheia que se observava colocava-se uma pequena pedra num cuenquito circular em torno da espiral e outro no interior do triângulo dos 13 cuenquitos. Sendo a primeira pedra no primeiro cuenquito, iniciava-se pela esquerda na direção de rotação da espiral maior. Ao chegar ao cuenquito número doze, e passadas já as 12 luas e sem ter ainda terminado o ano, era esperado de novo o solstício de inverno, adicionando um mês extra de 28 dias. Acredita-se que este mês era adicionado durante a primavera ou na época da colheita, assim, adaptando-se o bio-ritmo da natureza com o tempo real astronómico da estação. A forma em espiral representa simbolicamente o movimento do Sol de uma estação para outra no seu: crescimento, declínio, e os dois solstícios.

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